Reunião na Secretaria de Estado da Educação
|No dia 9 de janeiro a APROCES foi recebida pelo Exmo. Chefe de Gabinete do Sr. Secretário de Educação, Doutor Jorge Sarmento Morais.
Começámos por apresentar os motivos que nos levaram a solicitar a referida reunião. Seguidamente, fizemos uma contextualização sobre a nossa associação, designadamente, o trabalho que já desenvolvemos após sermos eleitos a 15 de setembro de 2017, as reuniões com a Direção Geral de Educação e com o Instituto Superior de Economia e Gestão, a nossa nova página da web e, em breve, a nossa página no Facebook. Referimos, depois, outras instituições que iremos contactar ou retomar contacto, assim que nos seja possível.
Depois de referirmos brevemente qual o estado atual das aprendizagens das ciências económico-sociais no currículo atual face a outras ciências sociais e humanas, referimo-nos ao estado atual da literacia financeira e que, embora os resultados da execução do Plano Nacional Formação Financeira no Relatório de 2015 terem registado algumas melhorias face a 2010, os conhecimentos financeiros dos alunos revelam-se ainda consideravelmente baixos em 2015. De facto, segundo informámos, a operacionalização desta temática nas escolas tem-se baseado na iniciativa de alguns diretores e no dinamismo e voluntarismo dos professores.
Nesse sentido, referimos que as disciplinas de Educação Financeira (enquanto oferta de um número restrito de escolas) e de Cidadania e Desenvolvimento que pressupõe a abordagem de diversas problemáticas, se revelam manifestamente insuficiente nos domínios da “Literacia financeira e na educação para o consumo”.
Defendemos, assim, a introdução das disciplinas de Educação Financeira (5.º, 6.º e 7.º anos de escolaridade) para reforçar os conhecimentos de literacia financeira e, também, Economia e Sociedade (8.º e 9.º ano), para alertar e preparar alunos, que padecem de total desconhecimento do real, quer a nível político, quer a nível económico, para os desafios da Sociedade do Conhecimento e da Globalização que exigem novas competências e saberes que os torne capazes de vencer em contextos profissionais cada vez mais exigentes, onde os temas económicos são determinantes, justificando uma disciplina de Economia.
Nos últimos anos, enquanto o mundo atravessava sucessivas vagas de transformações tecnológicas, económicas e sociais, a Escola pouco mudou.
É fundamental promover e proporcionar competências necessárias para a vida em sociedade, preparando os nossos jovens para enfrentarem os desafios do século XXI, contribuindo para o desenvolvimento do país, mas também para uma sociedade mais justa, nunca esquecendo que o mais importante são as pessoas.
Aguardamos uma resposta a esta situação que nos parece da maior relevância para uma Escola que prepare os alunos para encararem a mudança com sucesso.
A APROCES alertou, ainda, o Chefe do Gabinete do Sr. Secretário de Estado da Educação para o facto de existirem vários horários que, logo no final do mês de agosto, solicitaram técnicos especializados para disciplinas da nossa área de docência, antes mesmo de terem recorrido à reserva de recrutamento. Ficou expressa a intenção de que esta situação seria objeto de análise.
A Direção,