MAIS CIDADANIA MELHOR DESENVOLVIMENTO
|
“Nada é mais triste que um ser humano acomodado” – Sophia de Mello Breyner
“Num mundo de crescente complexidade, a criatividade, a capacidade de pensar lateralmente, as competências transversais e a adaptabilidade tendem a ser mais valorizadas do que um conjunto específico de conhecimentos. As competências essenciais referem-se ao conhecimento e a atitudes que servem o desenvolvimento pessoal, a inclusão social e uma cidadania ativa, assim como a empregabilidade” (Escolas para o Século XXI/Comissão das Comunidades Europeias).
QUE ESCOLA?
– Aprender o quê?
– Como?
– Para quê?
No mundo atual os desafios impostos pela Globalização, pelas Tecnologias de Informação e pelo Ambiente, exigem aprendizagem ao longo da vida, reconstrução permanente de conhecimentos, de competências, de saberes, inovação e capacidade de adaptação à mudança.
A Escola deve oferecer a todos os alunos uma base de conhecimentos, atitudes e competências através de uma adequada Educação, para os direitos e deveres, numa perspetiva de Educação para e na Cidadania Global
A Globalização e a Sociedade do Conhecimento exigem novas competências e saberes, que os torne capazes de vencer em contextos profissionais cada vez mais exigentes e competitivos.
A Escola do século XXI está diferente. Existe uma enorme diversidade em termos étnicos, culturais e sociais, mas há que explorar estas diferenças, que a todos pode e deve enriquecer.
Mas a Escola está a fazer o que a sociedade precisa?
A formar cidadãos ou meros consumidores? Bons alunos e também bons profissionais?
Muitas vezes referimos “com orgulho” – cumpri o programa. Mas como explicar tanto insucesso e abandono escolar?
Urge distinguir o essencial do secundário. Critérios quantitativos ou qualitativos?
O essencial é diferente de mínimo, é estruturante. O conhecimento essencial não é passageiro.
Portugal revela graves défices de Cidadania que passam pela fragilidade da cultura crítica, por várias formas de iliteracia e por apatia cívica que têm reflexos na qualidade da democracia e no desenvolvimento do país.
É tempo de Repensar o Futuro, apostando na Educação que constitui um meio fundamental para promover e proporcionar competências necessárias para a vida em sociedade, preparando “tecnicamente” os nossos jovens para enfrentarem os novos desafios.
Mas também, e sobretudo, ensinando a pensar, a questionar, a questionar-se, fomentando uma participação e partilha na vida social pautada pelo respeito dos valores democráticos, dos direitos humanos, do ambiente, da diversidade, contribuindo para o desenvolvimento, mas também para uma sociedade mais justa.
A Cidadania é um grande desafio – questionarmo-nos, como cidadãos em construção, todos nós, com as suas responsabilidades, apostando na aprendizagem permanente e intervindo na sociedade.
A Cidadania vive-se, aprende-se e também se ensina. Vive-se no quotidiano, no diálogo e na partilha com os outros.
Mas o exercício da Cidadania não se esgota no voto, implica participação e, para ser exigente, credível e transformadora, exige coerência entre pensamento e ação.