“EDUCAR NÃO É ENSINAR FACTOS NOVOS OU ENUMERAR FÓRMULAS, MAS SIM PREPARAR A MENTE PARA PENSAR”
|«Educar não é ensinar factos novos ou enumerar fórmulas, mas sim preparar a mente para pensar»
(Albert Einstein)
A APROCES saúda todos os professores, em especial, os seus associados pelo dia 5 de outubro, proclamado em 1994 pela UNESCO, como Dia do Professor.
No Dia do Professor é de relembrar que, de acordo com o TALIS 2018 (“Teaching and Learning International Survey”), os professores esperam um maior reconhecimento do seu trabalho pelo resto da sociedade, desejam mais e melhor formação para encarar os desafios sociais e tecnológicos que se lhes deparam, «lidar com as dificuldades de dar aulas a turmas culturalmente diversificadas» e «tirar o máximo partido das novas tecnologias, tendo simultaneamente consciência dos seus efeitos nocivos».
A APROCES subscreve todas estas expectativas dos professores, mas também considera que a educação, para além da preparação para o mercado de trabalho, da transmissão de conhecimentos e da contribuição para o desenvolvimento pessoal, também deverá ter como grande objetivo a preparação para o exercício de uma a cidadania democrática.
Em Portugal, o Dia do Professor coincide com o dia da Implantação da República e, no corrente ano, no dia seguinte realiza-se um processo eleitoral.
Que percentagem da população portuguesa sabe realmente e conscientemente para que órgão vai votar e quais as suas competências e importância para a sua vida diária?
Num inquérito realizado aquando das eleições europeias, a maioria dos portugueses não conseguia identificar um único eurodeputado português atualmente em funções, nem sabia quem eram os cabeças de lista de cada um dos partidos.
E isto acontece, porque em Portugal a dimensão política da cidadania praticamente não existe ao nível do ensino, em especial, no ensino secundário. A introdução no currículo da componente de Cidadania e Desenvolvimento não resolveu este problema, pois apenas aparece um tema – Instituições e participação democrática – a ser lecionado em dois ciclos e não como obrigatório no ensino secundário e que nem sequer é lecionado por professores devidamente habilitados.
Daí que a APROCES, tal como aconteceu noutros países, defenda a criação de uma disciplina autónoma de ciência/introdução à política com carácter obrigatório no 11.º e 12.º anos de escolaridade.
A Direção da APROCES